10 de jul. de 2005
A raiva me destróe, e ainda não encontrei a verdade em mim, quero chorar a dor que me inflama o espírito. Nas infindas viagens em que fui atraída aos abismos de uma alma atormentada, infernizada na solidão do desterro, os gritos de incompreensão e angústia perdem-se no silêncio da simulação. Embusca da inspiração, do ser e viver como sempre fui, versões de mim mesma, completamente desconhecida, alienada. E agora enfrentar uma realidade desfigurada, corrompida pelas exageradas visões da imaginação. A criatividade é um monstro que me roubou a essência e me transformou nessa figura indefinida que hoje sou, incapaz de ser e viver quem deveria ter sido.
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