10 de jul. de 2005

A raiva me destróe, e ainda não encontrei a verdade em mim, quero chorar a dor que me inflama o espírito. Nas infindas viagens em que fui atraída aos abismos de uma alma atormentada, infernizada na solidão do desterro, os gritos de incompreensão e angústia perdem-se no silêncio da simulação. Embusca da inspiração, do ser e viver como sempre fui, versões de mim mesma, completamente desconhecida, alienada. E agora enfrentar uma realidade desfigurada, corrompida pelas exageradas visões da imaginação. A criatividade é um monstro que me roubou a essência e me transformou nessa figura indefinida que hoje sou, incapaz de ser e viver quem deveria ter sido.

9 de jul. de 2005

alucinação

começa assim sem início,
As discrepâncias de meu mundo fictício.
A ingnorância do ser absconso
Na duplicidade neurótica da hipofrenia.
A morbidez metódica da necromania,
E a na dança sináptica das anomalias,
Jaz os demônios da enfermidade encefálica
De um louco alucinado, de uma alma paralítica.
Explore os segredos da demência,
Enquanto o ordinário vive no limiar da vileza,
Parasitas necrófagos esmagados pela incerteza
De ser ou não ser verme e viver na obediência.
E termina sem fim,
Sem sentido, apenas palavras, palavras enfim.