É como perder a morte na vida, ser mais que não ser, fazer sempre menos para poder fazer sempre mais, ter vontade de não ter vontade, sentir prazer em não sentir mais nada, invejar os espíritos mais calmos que vivem essa vida com harmonia enquanto eu procuro equilíbrio em calmantes impacientemente, perdendo dinheiro, perdendo tempo, dormindo durante o dia, escondendo lágrimas a noite. Ver na escuridão do quarto em silêncio, temendo os misteriosos barulhos do quarto inabitado, inabitável. Escuro, nada, somente, tudo, ver, ouvir, sentir, ser, esconder, não chorar e querer chorar, implorar para que role uma lágrima de alívio enquanto eu caio, despenco livremente, a única hora em que meu espírito é livre, na queda sem fim, sem começo, acordo e estou caindo, durmo e estou caindo.
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