10 de nov. de 2008



Tudo era magistral, as ondas do mar quebrando nas rochas, o vento gélido do inverno litoral a acariciar o rosto, como lembranças da infância que voltam para dizer que há vida, mesmo quando o vazio soberano impera nas almas dóceis de meros vagabundos do mundo, vagabundos dos sonhos.
Nada era irremediável, tudo se consertava aos poucos, aos sons da guitarra melancólica a tocar um canção de reminiscências. Passado, tudo está no passado, sistematicamente sórdido e inexorável, o inexpugnável passado, de tudo o que resta, são apenas memórias de crianças tolas que esquecem da vida, vivendo o presente e fantasiando o futuro, adolescentes insolentes a atravessar a ponte para a realidade, sonhando tudo e não racionalizando Nada. Esse Nada que chega e invade os mesmos sonhos que esses jovens esqueceram de sonhar. Somos essa negatividade das ancestrais viagens ao lado de profetas noctívagos que embelezavam a morte de quem um dia pensou poder morrer e entender que no fim não há um ponto final, mas uma vírgula entre antíteses e paradoxos imaginários. Novas palavras para mentes obtusas do infausto passado e incontáveis futuros.

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