13 de abr. de 2009
Sou um mero e mesquinho ser da verdade pura, da mentira sincera, portador das horas vagas de pensamentos despersos que divagam em meandros internos, conflitos externos de chagas mortais... pensei nesta frase e parecia me completar, procuro minha beleza em auroras boreais no frio dos recantos mais sombrios do coração. Sem lágrimas, mas cheia de idéias de sentimentos confusos e por vezes impuros, como maculada foi a inocência minha de ter sido tocada ainda jovem por espíritos traiçoeiros que me fizeram buscar na morte a integridade que não sentia em vida... ainda na infância perdi o tempo, perdi a coragem, perdi-me em medos, esqueci da beleza da vida, esqueci da criança crescida ainda em pedaços... vou procurando fragmentos afiados que me cortam quando os toco, de corte em corte, de sangue em sangue vou procurando meu caminho ainda não percorrido... senti desejo de ser eu, mas sem saber ainda quem ser, este ser , esta criatura na vida encurralada pela loucura de estar sempre sentindo e acumulando emoções em um emaranhado de dores sem saber até quando aguentar tampouco onde chegar.
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