
Gostaria de poder responder às perguntas dentro de mim, mas não posso. Não simplesmente um sim ou um não, mas um porquê. Hoje sinto que estou envelhecendo, porém sem a riqueza da sabedoria. Vou me abandonando querendo voltar ao tempo em que fui criança feliz, mas esse tempo foi curto, o importante é que foi bom. Vou conhecendo pessoas novas e me perguntando o que elas podem ver em mim, o que eu tenho a oferecer? Talvez, tudo, talvez nada, mas o nada sou eu, e vou morrendo, sentindo muito por estar só e acompanhada nessa solidão, paradoxos da vida, antíteses do interlúdio, a poesia vai ficando dormente, e então vem a morte, o amor, talvez o amor venha antes, mas logo chega a morte, e chega então o começo de tudo e o tudo sobre o Nada.