30 de jul. de 2008


Gostaria de poder responder às perguntas dentro de mim, mas não posso. Não simplesmente um sim ou um não, mas um porquê. Hoje sinto que estou envelhecendo, porém sem a riqueza da sabedoria. Vou me abandonando querendo voltar ao tempo em que fui criança feliz, mas esse tempo foi curto, o importante é que foi bom. Vou conhecendo pessoas novas e me perguntando o que elas podem ver em mim, o que eu tenho a oferecer? Talvez, tudo, talvez nada, mas o nada sou eu, e vou morrendo, sentindo muito por estar só e acompanhada nessa solidão, paradoxos da vida, antíteses do interlúdio, a poesia vai ficando dormente, e então vem a morte, o amor, talvez o amor venha antes, mas logo chega a morte, e chega então o começo de tudo e o tudo sobre o Nada.

28 de jul. de 2008

Not alone-lexterminatus

Um minuto de silêncio pela freelight, por puro respeito e carinho, além de muita gratidão afinal esta versão da música foi composta por mim, Mika, mas os arranjos finais foram conquistados com a ajuda da Freelight, nossa eterna escola de onde saíram todos os músicos da lex original...beijos a todos

http://br.youtube.com/watch?v=2cer64FxrLg

Not alone-lexterminatus

Prévia, uma carta a Paulinha

Neste fim de semana foi a primeira prévia da comenoesp em Cafelândia. Eu fui! Mas para ser mais sincera, eu não fui, não me entreguei ao encontro e me arrpendo por tudo. Apesar de ter mesmo feito amigos novos, pessoas interessantes que ainda não rechonhecia a existência, senti-me só. Vou falar de uma pessoa especial:
Paulinha, em meio a tantos problemas, seus e meus também, nos conhecemos, eu a conheci na Comenoesp de Tupã, ela nem sabia que eu existia, gostei de seu entusiasmo, liderança e dedicação, mal sabia eu da grandeza de seu coração. Antes da Comenoesp de Tupã eu estava mesmo pensando em deixar este mundo, a viagem de ida foi para mim um tempo para refletir sobre minha própria existência, eu não a reconhecia e não queria mais tentar. Mas chegando lá conheci a Paulinha, não fui ao seu encontro, observei de longe, como sempre. Mas me impressionei. Ao retornar da Comenoesp eu mandei um e-mail para a Paulinha parabenizando-a pela organização e realização do encontro, não pensei que haveria um retorno, mas houve, como eu disse para ela ontem mesmo, seu coração é tão lindo e grande que acolhe amigos e desconhecidos (eu). Começamos a trocar e-mails, ela me contava quando estava em crise e eu contava quando eu estava em crise ao mesmo tempo que tentava tirar forças para estar próxima de uma maneira meio distante em momentos de dor e desespero. Nos identificamos uma com a outra, e após inúmeros e-mails, finalmente tive a oportunidade de vê-la pessoalmente nesta prévia, e apesar dos calorosos abraços (3) que recebi e das incontáveis oportunidades de conversarmos, eu não me fiz presente e ela também não se aproximou, oportunidades perdidas...Mas teremos outras. Não vou me despedir, pois prometi a ela que não o faria... Paulinha se um dia vc chegar a ler isto, saiba que aprendi a ama-la e reconhecê-la como amiga próxima e distante, mais próxima de mim, mais distante da fria matéria que me envolve... Paulinha, sinto muito ter perdido oportunidades, sinto muito ser meio ou completamente, isolada do resto das pessoas. Prometo tentar mudar e nunca mais dizer adeus, estou aqui e aqui ficarei pelo tempo que me foi destinado desde que vc fique comigo também. Uma coisa que eu queria dizer; quando vc me abraçou e disse "minha amiga Mari" eu queria dizer "Não me deixe". Sempre que tiver um problema, eu estarei a seu lado, sempre que quiser sorrir, eu estarei lá para sorrir devolta, sempre que quiser chorar eu estarei lá para dizer que ainda sinto vc comigo e estou aqui. Paulinha, não me deixe!!!!!!! E mais ainda, Aproxime-se! Tudo o que tem a fazer é olhar para mim e dizer "Mari" só isso, e eu estarei a seu lado.
Abraços a todos da prévia, valeu Cafelândia e Vejo-os todos em Assis!

22 de jul. de 2008

Estou presa nesta história de depressão, não choro, não grito, não vivo, vou morrendo e perdendo a passagem das milhares de histórias que eu prefiro contar a vivê-las. Estou pedindo socorro, porque estou quebrada e continuo quebrando, há este lado muito sensível dentro de mim que quer derramar lágrimas e sangue se for preciso, para continuar a vida que começou ao nascer, mas que se interrompeu na morte, agora a morte me persegue, vou escolhendo palavras para transmitir pensamentos que nem eu mesma entendo, vou seguindo minha vida, sem chama-la de vida... é o fim, o meio e começo de um nada... nada ... nada que vem e vai. É minha alma que adoece e leva consigo meu coração, infectando-o com com a dor que sente sem saber o porquê... estou presa neste corpo que ainda não sei usar direito, pois nada do que eu peço para ele fazer ele se dispõe a faze-lo, como comer carne, ou chorar, pelo amor de Deus chore seria melhor do que esse olhar vazio...
chega!!!!!!!

pesadelos

Tenho tido muitos pesadelos, pessoas morrendo ao meu redor, pessoas especiais me deixando, o abandono é a pior solidão. Temo minha própria mente, temo ser eu, simplesmente um eu que ainda não encontrei, e já temo tanto, que prefiro não dormir.
Ao acordar, abro os olhos devagar e com cuidado,porque o mundo que me envolve pode ser os mundos de pesadelos ancestrais que me abraçam na escuridão. Não sei se prefiro dormir ou ficar vigilante. As noites são de angústia profunda, acordo de madrugada sem conseguir respirar e me inveredo por pensamentos tétricos de origem desconhecida que me levam ao terror noturno, não sei o que prefiro fazer da minha vida, estou morrendo ao invés de viver, as pessoas morrem em mim e eu morro aos poucos.
Todos os dias narro uma história qualquer em minha mente, e vou escrevendo para não perder a linha de pensamento, mas a perco mesmo assim, pois outros vêm a mente e não sei como controlar o impulso de não pensar somente em morte, estou definhando, esquecendo da vida, esquecendo do tempo, vagando ébria por negros bosques em mim, sou um espírito de luz? Já não sei o que é luz ou o que é escuridão, há apenas a penumbra.

11 de jul. de 2008

Ás vezes eu desapareço dentro de mim, me perco nos milhões de pensamentos que me atormentam e me inspiram. Desperdiço o tempo, passo horas na cama pensando e ouvindo outros cantarem suas dores e me identifico um pouco com suas palavras. Ouço música em todos os lugares, nasci na música e continuo nela, mas não sei voltar a mim. É na música que tento me encontrar, mas é nela que me perco. Há tanto a ser feito, tantos planos que uma vida só parece pouco para tanta coisa, mas vou vivendo e ao mesmo tempo morrendo, mais perto da morte do que qualquer outro que vive eu encontro paz no futuro que ainda há por vir, na existência de uma continuação da vida, na certeza de que não estou sendo abandonada por meus amores, apenas o destino nos separou por um tempo que me parece infinito.
Esqueço de agradecer quem me ajuda, mas estão sempre comigo, em pensamentos, em idéias, em espírito.
Hoje me sinto melancólica, cantando ao som de Rob Tomas, sem lágrimas, não aprendi a chorar, choro quando o mundo ri, mas ultimamente o mundo tem chorado mais pois em mim há muita frialdade dentro da matéria que não deixa o espírito se expressar. E vou perdendo a paciência, na escola da vida não tenho sido uma boa aluna.